Inauguración Magna Exposición "Mayas: Revelación de un Tiempo sin Fin" |

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Piezas más relevantes de la Exposición (INAH)
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Coelho Conejo
Cerâmica Procedência desconhecida
Clássico tardio (1250-1550 d. C.) Museu Regional de Antropologia, Palácio Cantón, Mérida, Iucatã, México
Placa de barro com a representação do perfil de um coelho correndo. A silhueta do animal é recortada e os detalhes – como as patas, o olho e as orelhas – são talhados.
As duas perfurações existentes na peça sugerem que ela pode ter sido pendurada por um cordão, como um adorno peitoral. Múltiplos exemplos semelhantes são encontrados no repertório ornamental dos maias; são representados desde motivos naturalistas como esse até imagens simbólicas complexas. |

Apito zoomórfico Silbato zoomorfo Cerâmica Jaina, Campeche Clássico tardio (600 a 900 d.C.) Museu Nacional de Antropologia, Cidade do México
Apito de embocadura indireta com bico posterior, em forma de coruja, com orelhas azuis. Emite tons e timbre muito similares ao canto dos corujões (Bubo virginianus), com frequência de 341 Hz.
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Tecelã Tejedora Cerâmica Jaina, Campeche, México Clássico tardio (600-900 d. C.) Museu Nacional de Antropologia, Cidade do México, México
Estatueta-apito que fazia parte do acompanhamento funerário de uma criança enterrada na ilha de Jaina. Representa uma mulher nobre tecendo em um tear de cintura. É uma detalhada amostra do artefato e de seu uso: sobressaem os fios da urdidura, o facão e as varetas com as quais a senhora trabalha o tecido. Uma ave se encontra sobre a estaca que suporta o tear.
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Marcador do jogo de pelota Marcador del juego de pelota Pedra Chichén Itzá, Iucatã, México Início do período pós-clássico (900-1250 d. C.) Museu do Sítio de Chichén Itzá, Tinum, Iucatã, México
Anel com serpentes entrelaçadas esculpidas em relevo. São serpentes emplumadas cujos corpos ondulantes rodeiam círculos; o motivo pode expressar graficamente a metáfora do tempo cíclico e referir-se ao sentido de repetição constante dos processos de morte e renascimento no universo. Foi encontrado no muro vertical do Grande Jogo de Pelota, a oito metros de altura em relação ao piso do pátio.
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Lápide Lápida Pedra calcária Chichén Itzá, Iucatã, México Início do período pós-clássico (900-1250 d. C.) Museu Nacional de Antropologia, Cidade do México, México
O baixo-relevo de um jaguar devorando um coração faz parte da decoração de uma plataforma situada na Grande Praça de Chichén Itzá. As imagens relacionam-se com os rituais ali realizados. O felino aparece como predador feroz, função que simbolicamente cabia aos governantes quando, investidos como guerreiros, caçavam prisioneiros para oferecê-los em sacrifício.
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Escultura A rainha de Uxmal Escultura La reina de Uxmal Pedra calcária Uxmal, Iucatã, México Clássico tardio (600-900 d. C.) Museu Nacional de Antropologia, Cidade do México, México
A escultura conhecida popularmente como “A rainha de Uxmal” parece representar um personagem masculino. Provém da fachada de uma construção que se encontra sob a pirâmide chamada “O adivinho”, situada na cidade de Uxmal, na península de Iucatã. É um arremate arquitetônico realizado com grande destreza. Representa uma serpente estilizada com a boca aberta, com círculos que retratam o jade, a água e a beleza. Da boca emerge uma cabeça humana com orelheiras e uma tiara composta por círculos, que também representam contas de jade. O gesto é severo e expressa grande concentração, pois retrata um alto personagem, talvez um governante, que passou pelo ritual iniciático de ser engolido por uma serpente ochkan, a jiboia, e posteriormente vomitado já convertido em sacerdote-xamã. Na bochecha direita há uma marca que alude a esse ritual iniciático, praticado em muitas cidades do território maia e ainda hoje realizado por certos grupos maias.
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Dintel 48 de Yaxchilán Dintel 48 de Yaxchilán Pedra calcária Estrutura 12 de Yaxchilán, Chiapas, México Clássico tardio (600-900 d. C.) Museu Nacional de Antropologia, Cidade do México, México
Registra a data de 9.4.11.8.16 2 Kib, que equivale a 11 de fevereiro de 526 d. C. O estilo caligráfico desse monumento é marcante, pois os numerais da contagem longa foram anotados com glifos de cabeça, enquanto os períodos calendáricos foram escritos com glifos de corpo completo.
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Monumento 114 de Toniná Monumento 114 de Toniná Pedra calcária Toniná, Chiapas, México Clássico tardio (600-900 d. C.) Museu Regional de Chiapas, Tuxtla Gutiérrez, Chiapas, México
O governante palencano K’inich K’an Joy Chitam é aqui representado como prisioneiro. De acordo com o texto glífico, Chitam foi capturado pelos senhores de Toniná durante a guerra que essa cidade empreendeu contra Palenque na data de 13 Ak’bal 16 Yax, equivalente ao 26 de agosto de 711 d. C.
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Pingente olmeca de São Gervásio, Cozumel Pendiente olmeca de San Gervasio, Cozumel Crisoprásio San Gervasio, Cozumel, Quintana Roo, México Clássico tardio (600-900 d. C.) Museu Maya de Cancún, Cancún, Quintana Roo, México
Pingente de estilo olmeca, executado em crisoprásio, um mineral de quartzo de grande dureza e cor verde intensa. Aparentemente, era uma relíquia e um importante símbolo de poder para os maias da ilha de Cozumel. Apesar de sua origem remontar à região olmeca do Golfo do México, do primeiro milênio antes de nossa era, foi conservado por muitas gerações até ser colocado como parte de uma oferenda funerária em São Gervásio, no fim do período clássico tardio (800 d. C.).
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Estatueta feminina Figurilla femenina Cerâmica Jaina, Campeche, México Clássico tardio (600-900 d. C.) Museu Nacional de Antropologia, Cidade do México, México
Estatueta representando a deusa mãe com as mãos sobre o abdome, tendo às costas um portal com plumas. Sobre a testa, ela apresenta uma flor estilizada, nicté, que alude ao sexo feminino. O toucado é composto por uma serpente bicéfala, imagem da divindade celeste, e no alto se observa uma ave descendente com as asas abertas, que também simboliza o deus do céu. Assim, a deusa mãe aparece como o aspecto feminino do deus supremo.
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Pote Tláloc-Chaac Vaso Tláloc-Chaac Cerâmica Mayapán, Iucatã, México Pós-clássico tardio (1250-1550 d. C.) Museu Regional de Antropologia, Palácio Cantón, Mérida, Iucatã, México
Os deuses da chuva na Mesoamérica parecem compartilhar uma tradição comum. Um dos elementos indicativos das figuras do deus da chuva são os antolhos, que rodeiam seus olhos como círculos. Um par de caninos aparece ao lado da boca, com alguns dentes no centro. A profunda relação do rosto modelado nesse vaso com as funções da divindade são reforçadas pela cor azul, que remete à ideia de água.
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Estatueta policromada Figurilla policroma Cerâmica e estuque Jaina, Campeche, México Clássico tardio (600-900 d. C.) Museu Nacional de Antropologia, Cidade do México, México
Estatueta representando um ancião que emerge da flor de um filodendro azul (Philodendrum sp.). Do cálice surge o deus N, senhor da natureza selvagem, e Pahuahtún, deus velho quádruplo que escora o mundo e que também é o protetor dos xamãs. Emergir de uma flor significava nascimento, porque simbolizava o sexo feminino. A imagem traduz a ideia do mito cosmogônico dos índios lacandones atuais, pois o deus criador, K’akoch, fez a flor da qual surgiram os outros deuses. Entre as inúmeras estatuetas de barro produzidas pelos maias, destacam-se as de Jaina, a maior das ilhas artificiais que eles construíram diante da costa de Campeche. As estatuetas retratam personagens masculinos e femininos, animais, divindades e rituais. Foram encontradas como parte das oferendas em uma grande quantidade de sepulturas do período clássico, revelando que se destinavam a acompanhar os mortos até seu seu destino final. Algumas dessas estatuetas funcionam como instrumentos musicais, mostrando que a música também acompanhava o morto.
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Marcador de jogo de pelota Disco de Chinkultik Marcador del juego de pelota Disco de Chinkultik Pedra calcária Chácara La Esperanza, Chiapas, México Início do período clássico (250-600 d. C.) Museu Nacional de Antropologia, Cidade do México, México
Bastante conhecida pela grande qualidade artística, esta obra foi denominada “Disco de Chinkultik”, apesar de ter sido encontrada na chácara La Esperanza, próxima do sítio de Chinkultik. Nela foi representado um governante de Chinkultik jogando pelota em uma postura dinâmica. Ele se distingue pelo grande toucado com plumas e flores, entre elas uma ninfeia, confirmando que o jogo era um dos rituais dos mandatários cuja finalidade, por magia empática, era propiciar o movimento dos astros no céu. A pelota simbolizava o astro, e o campo de jogo, o céu. Na pelota foi gravada uma cabeça, o que alude ao rito de decapitação que se realizava como parte do ritual associado ao jogo, se bem que não existe qualquer dado que sugira que os jogadores fossem decapitados. Na inscrição aparece a data de 17 de maio de 591 d. C.
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Disco de Chichén-Itzá Disco de Chichén-Itzá Madeira, turquesa, concha, coral e ardósia Subestrutura de El Castillo, Chichén Itzá, Iucatã, México Início do período pós-clássico (900-1250 d. C.) Museu Nacional de Antropologia, Cidade do México, México
Disco de madeira ornamentado com turquesa, concha, coral e ardósia, que traz a representação de quatro serpentes emplumadas vistas de perfil. O desenho está dividido em seções que marcam os pontos cardeais do cosmos mesoamericano. A serpente emplumada era um símbolo central em todas as culturas da Mesoamérica. A peça foi encontrada pelo arqueólogo Manuel Cirerol Sansores em 1936, no interior da câmera sul da subestrutura de El Castillo de Chichén Itzá. O disco havia sido depositado sobre um trono de pedra de cor vermelha, em forma de jaguar. Esse tipo de objeto foi associado aos discos denominados tezcacuitlapilli em língua náhuatl, que os atlantes toltecas portavam na parte posterior da cintura. Finamente elaborado, o mosaico é muito semelhante a outro desse gênero, encontrado no Palácio Quemado de Tula, Hidalgo. Esse objeto é uma evidência dos contatos de Chichén Itzá com outras regiões distantes, como o sudoeste da América do Norte, onde se obtinha a turquesa. Essa categoria de ornamentos permitiu conhecer melhor as relações comerciais, dinásticas, de alianças e inimizades com as sociedades contemporâneas do centro do México, especificamente com os toltecas.
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Máscara funerária Máscara funeraria Jade, concha Spondylus, pirita, concha Strombus gigas, concha Oliva Calakmul, Campeche, México Clássico tardio (600-900 d. C.) Museu Regional de Campeche, Fuerte de San Miguel, Campeche, Campeche, México
Nos sepultamentos dos governantes, o rosto deles era coberto por uma máscara de jade – material precioso, símbolo de poder, imortalidade e fertilidade – que substituía o rosto perecível do morto por um retrato perdurável para conservar seu espírito (pixan). Essa máscara apresenta o governante como um xamã, segundo indicam as escarificações nos lados da boca, realizadas com a concha Spondylus, e o fato de ter na testa outros olhos que parecem expressar sua visão sobrenatural.
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Oferenda funerária Ofrenda funeraria Materiais diversos Jaina, Campeche, México Clássico tardio (600-900 d. C.) Centro INAH Campeche, Campeche, México
Ao redor do ano 800 d. C., ao pé da escadaria poente da Estrutura 4, foi feito um enterro múltiplo: um homem, uma mulher e uma criança. Os três indivíduos foram cobertos com cinábrio e olhavam na direção do poente, a região onde diariamente o sol se esconde e para a qual viajavam os mortos. Entre os dois adultos havia uma prancha sobre a qual foram depositados vários objetos para a viagem ao além-túmulo: vasilhas e estatuetas de cerâmica, um almofariz com seu pilão, um colar de jadeíta com peitoral e ossos de peixe-boi. Um prato tripé cobria a cabeça do homem, que tinha uma estatueta entre os braços. Os objetos mais chamativos estavam associados à mulher e à criança: vasilhas de vários formatos, inclusive miniaturas e um vaso trilobulado, guindastes de pedra, estatuetas de animais e um colar de concha e caracol.
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Cabeça de Pakal Cabeza de Pakal Estuque Câmara funerária do Templo de las Inscripciones, Palenque, Chiapas, México Clássico tardio (600-900 d. C.) Museu Nacional de Antropologia, Cidade do México, México
Mostra a imagem do famoso governante K’inich Janahb Pakal, cujos traços faciais – pômulos salientes, lábios finos e queixo afilado – foram executados com peculiar maestria. O artista modelou a pronunciada deformação craniana e fez uma mecha de cabelos que, puxada para trás, projeta-se delicadamente para a frente. Esse penteado, que reproduz os filamentos da espiga, é típico do deus do milho, entidade que Pakal personifica.
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Cabeça de Pakal Cabeza de Pakal Estuque Câmara funerária do Templo de las Inscripciones, Palenque, Chiapas, México Clássico tardio (600-900 d. C.) Museu Nacional de Antropologia, Cidade do México, México
Esta peça foi localizada debaixo do sarcófago de Pakal, diante da extremidade do “psicoduto”, uma pequena perfuração feita nas tumbas para que os mortos pudessem se comunicar a partir do inframundo. Por seus traços fisionômicos, a cabeça é muito parecida com a de Pakal. Alguns autores pensam que se trata do próprio Pakal na infância, como se tivesse renascido. Isso estaria de acordo com a representação de Pakal no sarcófago, na qual renasce como o deus da agricultura Unen K’awiil (Bebé-K’awiil).
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